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segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A dízima da adaptação

Será que eu vou passar (perder) 5 anos da minha vida numa faculdade que só me ensina a me adaptar? “Adapte-se ao seu ambiente, ainda que esse ambiente seja um meio de mudanças constantes”. Não sou burra que a ponto de não reconhecer que a adaptação é uma das armas mais eficientes pra que a sobrevivência de qualquer organismo vivo, para a vida, ou para as organizações e instituições em geral. Sem ela não seríamos o que somos hoje, enquanto seres humanos, nem o mundo não seria mundo e afinal Darwin não seria o gênio do século XX. Mas será que tudo tem que se resumir a isso? Acho que não. Antigamente as universidades eram criadas com o nobre intuito de dar as pessoas um conhecimento muito além da superficialidade, um conhecimento mais profundo, propiciando assim às pessoas ver além do que se vê. Mais uma vez, reconheço a importância da adaptação na nossa vida. Mas a faculdade não tenta passar que há um meio mundo por trás disso. Aliás, todo um mundo. Será possível que uma vida toda se passa somente numa atitude reacionária para com as coisas? Não. Eu não vou aprender isso. Pelo menos não somente isso. O que não ensina lá por exemplo, é que nós também podem ser agente de mudanças. Talvez ensinem sim, mas não falo de ser precursor em mercados consumidores, criando os i-pods da vida. Não. A mudança tem de surgir, antes de tudo, na sociedade. E se temos uma sociedade consciente, temos um mercado inteligente. O mercado da energia limpa, dos produtos reciclados; ainda a economia de recursos, tal qual sua preservação. Não gosto de usar a perspectiva do dinheiro, mas se nós futuros administradores atentássemos para essa vertente veríamos que está aí a mina de ouro do século 21.

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