MAS QUEM DISSE QUE A ROTINA LIVRA O FIM DE SEMANA?
BLOG DE UMA VIDA SOCIAL, DIGAMOS, NÃO MUITO AGITADA...

terça-feira, 30 de outubro de 2007

Chata, eu?!

O que é ser chato afinal? Eu sou chata. Mas não sou mala. Pois ser mala é o ápice da chatice e quando se é mala tende-se a ser goiaba. Chato mesmo é gente sem consideração e educação e esses dois atributos eu tenho de sobra porque mamãe me ensinou muito bem e eu aprendi. A minha nobre chatice se resume apenas ao modo como eu defendo meu ponto de vista. E no meio de pessoas tão despolitizadas e com os horizontes do tamanho da borda de um copo de 200 ml, eu serei vista semrpe como a briguentinha fura-olho. Não gosto mesmo do que todo mundo gosta; do tipo que detesta surpresas. Do tipo que gosta de Fanta-Uva e detesta coca-cola por achar que tem gosto de gasolina gelada; do tipo que detesta ficar horas conversando ao telefone (portanto se você tem um assunto muito longo pra conversar comigo é melhor ligar apenas para marcar uma hora pra conversar pessoalmente e dada minha aversão para receber visitas que não sejam rápidas e necessárias, espere que eu pergunte porque certamente, num momento oportuno eu vou perguntar); eu detesto forró (o que na minha cidade é impossível não ouvir) e não vejo sentido em ficar se esfregando, digo, dançando com outra pessoa ao mesmo tempo que se ouve músicas com letras esculhambadas; muita gente me acha chata por isso também. Eu realmente não saio muito de casa, mas é por pura preguiça e acomodação, quando saio é por instinto de sobrevivência (tipo, ir ao supermercado ou comprar shampoo). As músicas que eu gosto quase ninguém conhece porque eu não conheço as músicas que todo mundo conhece. Então eu sempre fico por fora em papos que se resumem a Aviões do Forró e coisas do tipo. Sou certinha e caretinha do tipo que reza o terço todo dia e não bebe nada, absolutamente nada, que contenha no mínimo uma gota de álcool. Primeiro porque não gosto, segundo porque tenho gastrite e terceiro porque não vejo sentido em beber uma coisa que provavelmente vai alterar meu estado de comportamento. Eu sou chatinha mesmo, por não ser igual aos outros, porque enquanto eles dizem que é chato ser gostoso (ainda que sejam uns brucutus retardados), eu digo que é gostoso ser chata. Do meu jeito.

A piada do dia

Já que o assunto do dia é a Copa de Mundo de Futebol no Brasil, aí vamos nós! Primeiramente não sou contra o país sediar um evento de importância como esse, mas acho que esse não é o momento quando se tem problemas crônicos e mais urgentes para serem resolvidos. A pergunta é: vale a pena gastar bilhões em estádios de futebol, dinheiro esse que serviria para investimentos em educação e segurança? Não. Não vale. Tanto porque quem vai arcar com muito dessa despesa é a CBF e a iniciativa privada. Ou seja, o retorno desse tipo de gasto não vai servir pra melhorar a vida da população brasileira. Pois se a iniciativa privada entra com dinheiro ela quer o dinheiro de volta, de preferência multiplicado algumas vezes, em forma de lucro. E claro que eles não vão sair por aí distribuindo dinheiro a pobre nenhum. Com o sucesso do Pan do Rio, o Brasil conseguiu provar que poderia realizar, com sucesso, um evento esportivo de grande porte. Cheguei muitas vezes a desejar o fracasso do Pan por ser igualmente contra de que o evento pudesse trazer melhorias para o país, ou em particular para o Rio de Janeiro. Claro que algumas coisas melhoraram, mas o principal não. Por acaso os investimentos realizados tiveram algum retorno real para o povo? A segurança, inexistente, no Rio de Janeiro por acaso melhorou? Os pobres deixaram de ser menos pobres por causa do Pan? A educação melhorou? Uma reforminha estrutural aqui, outra ali, o governo entra com essas coisas. Mas no geral, o país continua na mesma. A questão é sempre o que é mais urgente e até que ponto coisas desse tipo são mais necessárias que resolver os problemas da fome, da seca, da falta de segurança, da educação de má-qualidade, crise no sistema de saúde, etc. A maioria da população claro, está eufórica com o fato do país do futebol sediar novamente uma Copa do Mundo, mas essa mesma maioria que não sabe a diferença entre ler e interpretar um texto e que se diz patriota pelo simples fato de torcer para a seleção brasileira não vê que defender um país, é primeiramente defender e cuidar de seu povo, numa espécie de auto-sabotagem. Tá todo mundo em festa, mas a verdade mesmo é que não há motivo real para se comemorar. Investimentos e empregos gerados na realização desse tipo de evento são temporários e o retorno é para poucos. E pra quem não notou, eu sou brasileira, ou seja, o fracasso do país, significa o meu fracasso e o do povo em geral. Ser patriota não é torcer pra time de futebol

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

"Diante da mentira reacionária, a verdade revolucionária"

Não posso deixar de comentar, ainda que de forma breve, a "reportagem" da revista Veja sobre Che Guevara; a qual se propõe a revelar verdades sobre o citado através de escusas afirmações. Não tenho tempo nem paciência para refutar linha por linha e o certo é que sou uma grande fã de Che, o que não me faz suspeita pra falar porque ao contrário da grande maioria dos fãs de Che eu não o vejo como um mito, e sim como um ser humano notório e procuro conhecer ao máximo sua história. Portanto não me importa se ele era bonito ou feio, se cheirava ou se fedia, quantas vezes foi casado e se gostava ou não de tomar banho. A falta de argumentos e fundamentação verdadeiramente jornalística do texto da revista destaca alguns aspectos da vida pessoal de Che que pra mim são irrelevantes. A manipulação de fatos e as frases citadas sem contexto também foram artifícios utilizados. Antes que eu me esqueça, vou logo dar nome aos bois, os autores da reportagem: Diogo Schelp e Duda Teixeira, cuja existência eu desconheço completamente por, ainda bem, não ser leitora da Veja. A duplinha tirou a validade da derradeira revolução que Guevara liderou, a da Bolívia, ressaltando a falta de apoio popular à guerrilha no referido país. Sim, a massa camponesa não tava nem aí para a revolução, mas isso com certeza não tira a validade do movimento que estava sendo feito para libertar aquele povo miserável das mãos de um governo sanguessuga apoiado pelos americanos. Americanos esses que foram várias vezes citados como fontes da reportagem. Sim! Os americanos da CIA, da OEA, que foram grandes responsáveis pela implantação das ditaduras na América Latina e mundo afora. Ex-guerrilheiros também foram citados, mas não sei até que ponto a verdade está presente de forma clara no que foi publicado, no modo como foi publicado.
Coincidentemente, algumas páginas antes, a mesma edição traz a coluna de Stephen Kanitz alertando para o fato de os leitores desenvolverem a "vigilância epistêmica", o hábito de checar as fontes, ou seja, não acreditar em tudo que se ouve, que se lê ou que se aprende por aí. Esse é um bom conselho, principalmente para os leitores da Veja.

domingo, 21 de outubro de 2007

A boa desse domingo



A vitória do Kimi Raikonnen (e não da Ferrari, não misturemos as coisas), claro. Parabéns ao campeão e ao melhor piloto do mundo!!!

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

A arte de colocar defeito

Ele parecia legal. Era bonito, simpático, brincalhão e espirituoso. Era no mínimo interessante o suficiente para que ela se interessasse. Mas de repente o Monet vira Picasso e o sonho se torna pesadelo; graças à mania que ela tinha de analisar tudo e todos de maneira obsessiva e perfeccionista. Bastou para isso apenas “conhecê-lo melhor”, no sentido clichê e não-literal da expressão. Poucas vezes já foram suficientes para ela transformar o príncipe em sapo. E tudo partiu apenas de seus pensamentos incessantemente paranóicos e tortuosos. De uma hora pra outra, sem motivo aparente, tudo que era encantador nele passou a ser enfadonho e enjoativo. Aquele rosto já não tinha a mesma simetria perfeita de antes e o corpo já não tinha o mesmo talho davinciano. O sorriso que ele dava quando a via já não era mais percebido por ela como um gesto de alegria que ele sentia só pelo fato de ela estar ali, mas como uma simpatia política e forçada ou um impessoal e educado cumprimento. O fato de ele não conhecer as musicas que ela ouvia e amava e de não ler os mesmos livros, tinha agora uma relevância absurda; o que a aborrecia profundamente. As tiradas inteligentes e o jeito desencanado de ele ver a vida a irritavam como se, de repente, ele tivesse se tornado pedante e alienado. O bom-humor dele agora lhe parecia sem graça e as brincadeiras, de insuportavel mau-gosto. O fato de eles não gostarem das mesmas coisas e o fato de ele não perguntar sobre o dia dela, lhe parecia que ele apenas a via como alguém que satisfazia os desejos dele e não como um ser sagrado, como toda mulher amada deveria ser vista. Se ele por acaso a perguntasse ela já nem veria como uma demonstração de interesse sincero pelo que ela fazia... não... ela preferia ver nisso uma forma implícita de ele cobrar coisas que ela odiava dar: satisfação e explicação. Se ele dizia que ela era linda ou inteligente ou ainda diferente das outras meninas, ela se perguntava se isso era o que ele sentia ou se eram apenas artifícios que um homem pode utilizar para fazer uma mulher de otária. Chegou ao ponto de ela questionar de forma incessante e cansativa por quais motivos ele gostava dela, se é que gostava... e tudo que ela conseguia era chegar a conclusão precipitada e reacionária de que ele não gostava e só estava interessado em satisfazer as vontades dos 20 e poucos anos. O jeito que ele a abraçava parecia não ser mais o jeito que ela queria e o modo como ele demonstrava que se importava com a vontade dela era agora visto por ela como uma insegurança e medo de levar um fora. Ela olhava pra ele e já não se perguntava o quão sortuda era, ela preferia se perguntar “o que estou fazendo?”. As fotos dele que ela costumava guardar e olhar, agora não passavam de papéis rasgados jogados no lixo. Chegou o dia em que ela vergonhosamente se envergonhou de tê-lo ao seu lado; chegou o dia em que ela admitiu que só gostava dele quando não o tinha, pois não o conhecia e admirava-o pelas suas próprias idéias e concepções; chegou o dia em que ela disse uma besteira qualquer para fazê-lo ir embora porque não tomaria a atitude de parar de pensar dessa maneira estúpida, ela não deu tempo a si mesma; chegou o dia em que ela o decepcionou; chegou o dia em que ninguém jamais seria bom o bastante pra ela porque na verdade nem ela era boa o bastante pra si mesma e ela iria sempre preferir moldar a realidade no seu próprio mundinho particular e estranho ao invés de sair por aí e perder a atitude defensiva que a salvara de uma vida plena de alegrias e sofrimentos, decepções e surpresas. Ela realmente não queria ninguém perfeito, mas queria alguém perfeito pra ela, ainda que cheio de defeitos (que só ela deveria conhecer). A verdade é que talvez ele nem exista porque ele teria de ser igual a ela, mas como, se nem ela era boa o bastante pra si? Como vai existir afinal alguém que seja bom o bastante pra ela? No final das contas, por um motivo ou por outro, ela sempre acaba por ficar só. Foi nesse estágio que ela fugiu, dando uma desculpa qualquer e descabida e saiu a francesa. Ela tentava justificar isso como sendo um medo da rejeição. O medo de se entregar aos próprios sentimentos e perder o controle. Ou o simples fato de figuras masculinas não lhe inspirarem respeito e admiração imediatos, de forma automática. Ela colocava a culpa disso no fato de ter sido criada só pela mãe, e na premissa de que jamais amaria alguém como ela a ama e que jamais amou alguém de verdade, apenas se apaixonou. A um certo tempo tudo que se quer é ter alguém. Ela chegou a esse tempo, mas preferiu não se deixar viver isso. Ela está sempre colocando defeito em tudo e em todos, porque assim, pode continuar no seu falso pedestal a salvo da própria vida. Colocar defeito é uma arte e ela era perita nisso.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

A dízima da adaptação

Será que eu vou passar (perder) 5 anos da minha vida numa faculdade que só me ensina a me adaptar? “Adapte-se ao seu ambiente, ainda que esse ambiente seja um meio de mudanças constantes”. Não sou burra que a ponto de não reconhecer que a adaptação é uma das armas mais eficientes pra que a sobrevivência de qualquer organismo vivo, para a vida, ou para as organizações e instituições em geral. Sem ela não seríamos o que somos hoje, enquanto seres humanos, nem o mundo não seria mundo e afinal Darwin não seria o gênio do século XX. Mas será que tudo tem que se resumir a isso? Acho que não. Antigamente as universidades eram criadas com o nobre intuito de dar as pessoas um conhecimento muito além da superficialidade, um conhecimento mais profundo, propiciando assim às pessoas ver além do que se vê. Mais uma vez, reconheço a importância da adaptação na nossa vida. Mas a faculdade não tenta passar que há um meio mundo por trás disso. Aliás, todo um mundo. Será possível que uma vida toda se passa somente numa atitude reacionária para com as coisas? Não. Eu não vou aprender isso. Pelo menos não somente isso. O que não ensina lá por exemplo, é que nós também podem ser agente de mudanças. Talvez ensinem sim, mas não falo de ser precursor em mercados consumidores, criando os i-pods da vida. Não. A mudança tem de surgir, antes de tudo, na sociedade. E se temos uma sociedade consciente, temos um mercado inteligente. O mercado da energia limpa, dos produtos reciclados; ainda a economia de recursos, tal qual sua preservação. Não gosto de usar a perspectiva do dinheiro, mas se nós futuros administradores atentássemos para essa vertente veríamos que está aí a mina de ouro do século 21.

domingo, 7 de outubro de 2007

Não sou indie, embora eu seja. De qualquer maneira, eu sou eu!!!

Diante de tantas pseudo-discussões sobre o que é ser indie... aí vai eu... se você acha que indie é uma moda então vc nao sabe o que é indie... quando se é indie vc sabe que é e pronto! Não existe uma formula especifica. Esse estilo também nao vem de agora,as pessoas apenas estão tomando conhecimento dela por que as grandes gravadoras descobriram que contratar banda independente também ta dando uma graninha, mas a música de verdade resiste a apelos comerciais, assim como a personalidade. Sim, minha expressão é blasé... sou enjoada mesmo. Crise existencial?... faz parte do charme, mas eu não tenho porque quero, mas já que sou, eu assumo. Cigarro?... aparentemente chique, fumar é uma coisa definitivamente estúpida... portanto se você fuma não chegue perto de mim, eu que não mancho meus pulmões por causa do vício alheio... sem contar naquele cheiro insuportável. Óculos... de grau, armações finas, mas nunca uso em público. Prefiro os escuros, fica melhor, e alem disso a claridade faz doer meus olhos... Musica?... ouço o tempo inteiro, faz parte das minhas necessidades diárias de sobrevivência, assim como ficar sozinha de vez em quando. Falo pouco, mas se pudesse falaria menos ainda, apesar de que sempre que estou em meio aos meus queridos amigos eu falo mais que um político em comício, mas acontece... Comida é uma coisa confusa, em meio a tantos que passam fome, eu aqui com minhas neuras de quem conta calorias até de um copo d'água. O amor sempre será a coisa mais bela do mundo, principalmente o amor ao próximo, por que o outro tipo tá meio que vivendo uma fase ruim, mas só pra salientar que ao contrário de 99% da população mundial, eu prefiro descomplicar. Liberdade é uma coisa, libertinagem é outra completamente diferente. Portanto que ninguém venha de encontro a mim com o dedo em riste e criticas mal fundamentadas por que vai ouvir o que não quer e eu sou particularmente muito boa pra falar o que quero. Sim, eu sou inteligente e não tenho vergonha de dizer, assim como também não tenho vergonha de dizer que eu sou um ser humano e também erro. Uma boa percepção própria? Talvez... mas a verdade é que ainda não me achei, e isso se deve ao fato de que ainda não me procurei, se é que isso é realmente necessário... Uma pseudo arrogância de quem tem um coração enorme no sentido mais clichê da expressão, inclusive na parte que fala em ser choronaaa... buááááá... Talvez eu não definisse bem como arrogância, mas uma certa mania de saber de tudo ou arrematar a razão para com as próprias opiniões. Mas veja ai se eu não estou certa: eu baseio SEMPRE minhas opiniões em fatos, e contra fatos não há argumentos. E ai to certa ou to errada? ... não importa... eu estou me dando a razão de novo heheheheh, força do habito! Não gosto muito de estar no meio de gente o tempo inteiro. Na verdade eu preciso de muito espaço, de muito tempo pra mim. Vivo no meu mundinho estranho e cheio de segredos e mistérios. Já fui do tipo anti-social, talvez ainda seja, mas não de maneira doentia. Provas não são coisas que precisam ser tocadas, às vezes elas só precisam ser sentidas. Siiiiiiiiiiiiiiiiiimmmmmmmmm Deus existe, eu sei que sim, milagres também existem. Tudo na minha vida e inclusive o fato de eu estar viva se deve a ele, e não falo isso apenas no sentido figurativo, é no sentido literal também.
Pelo visto as palavras se estenderam... mas indie adora filosofar sobre tudo mesmo... tudo com muita originalidade... pra quem não queria rótulos, eu já entreguei demais do ouro... e que ouro...!!!!

Elefant's Lolita

I'm Lola.
He's a man
I'm just a girl
He doesn't seem to know
Maybe he knows
But he denies it to himself
Or just don't care
I don't know...
I liked him
But I can't do a lot of things...
Sick of it all
Life is a mess...
Just want to be free...

Powered By Blogger