Muita gente falou mal, muita gente falou bem, então eu vou falar também:
Eu não consigo parar de ouvir o novo álbum dos Arctics Monkeys "Suck it and See", quarto álbum de estúdio dos queridos macaquinhos ingleses. Em primeiro lugar, não dá pra cometer o erro bobo de julgar o disco, digamos, não pela capa, mas pelo primeiro vídeo da música "Brick by Brick" que eles soltaram antes do lançamento oficial do álbum. Eu não gostei de brick by brick, achei boba e a letra não faz jus à sagacidade tão bem presente nas composições de Alex Turner; a única coisa que salva a música é a guitarra.
Arctic Monkeys foi paixão à primeira vista, já andei falando deles aqui e de como "Teddy Picker" me encantou, mas quem imaginaria o que viria pela frente só ouvindo "I bet you look good on the dancefloor"?. Três anos e dois albuns depois, foi nas mãos de Josh Homme que os meninos viraram homens no maravilhoso Humbug (2009). Foi aí que a paixão virou amor. Alex mais afiado que nunca, peso e densidade nas guitarras, baixo bem delineado e bateria mais nervosa e precisa que nunca (nada a ver com velocidade).
Em Suck it and See há independência de uma banda que apesar de jovem já possui sua marca registrada e um som característico. Aquilo que você escuta e nos primeiros segundos já reconhece antes de olhar os créditos no display.
Suck and See tem suas (ótimas) virtudes. Dá pra negar a beleza de "That's where you're wrong" e que o refrão parece uma pintura ("(...) Sitting on the floor with a tambourine (...)''); a sensualidade de "She's Thunderstorms" ("She's been loop the looping / Around my mind / Her motorcycle boots / Give me this kind of acrobatic blood, concertina / Cheating heartbeat / Rapid fire") e a poesia de "Black Treacle"?. Ou a semelhança do título de "Don't sit down 'cause I've moved your chair" com os títulos irônicos e engraçados das canções de Morrissey? It's clever, baby, so damn clever!
Se achar pouco ainda tem a doçura de "Love is a laserquest", a graciosa "Reckless Serenade" e a esperta "All my own stunts".
Arctic Monkeys, everybody!
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